segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Artigo na Revista Blitz Universitária: "O mercado startup: as pequenas empresas da internet!"

Capa da Revista Blitz, edição 55, de setembro de 2013
Neste mês de setembro fui convidado a escrever uma matéria especial sobre startups e empreendedorismo digital para a Revista Blitz Universitária, edição 55. A Blitz é uma publicação mensal, gratuita, com tiragem de 2.000 exemplares com conteúdo jovem e direcionada ao público universitário. Distribuída oficialmente no McDonald's, nas principais faculdades, academias, restaurantes e lojas de Teresina. Meus agradecimentos aos amigos Paulo Solano e Caio Napoleão, da Blitz Editora LTDA, à Gerente de Conteúdo da Revista, Biani Luna, e à Diretora Administrativa Laís Reis.

Segue abaixo o artigo na íntegra e ao final do mesmo, o link para a imagem da matéria diagramada, espero que gostem:

O mercado Startup: as pequenas empresas da internet 


Uma das coisas mais fantásticas que a Era da Informação nos proporciona é revolucionar a forma como estamos nos relacionando com as empresas: pesquisar, comparar, comprar, vender, barganhar, reclamar e elogiar produtos e/ou serviços oferecidos no mundo “virtual” (e fora dele) não é mais como antigamente. As relações de consumo dependem cada vez menos de uma eficiente campanha publicitária em mídias de massa e mais da reputação daquela marca na internet, da recomendação do seu círculo de confiança ou de estranhos nas redes sociais que tiveram alguma experiência com aquela mercadoria. É nesse novo mundo que encontramos as Startups, as pequenas empresas que nascem neste ambiente, que procuram entender esse novo consumidor e crescer na cadeia alimentar desse ecossistema competitivo, implacável e altamente lucrativo. 

Empreender na internet é uma tarefa mais simples do que o mundo “real”, implica menor investimento inicial e menos burocracia, mas isso não quer dizer que será fácil. A primeira coisa com o que você deve se preocupar é com a sua ideia. Quase todo empreendedor acredita de descobriu o “Ovo de Colombo”, aquele produto ou serviço matador que irá dominar o mercado, faturar milhões e deixá-lo rico da noite para o dia. Só que enquanto está apenas na sua cabeça, sua ideia ainda não vale nada. O mercado digital é exigente, é extremamente competitivo e, não se desanime com isso, é muito raro já não ter alguém trabalhando num negócio “igualzinho” ao seu. Lembre-se de que a concorrência é sua aliada, pois prova que já existem clientes para o seu negócio.
Dito isto, minha recomendação é que você mature sua ideia, pesquise o mercado em que deseja atuar, participe de eventos on-line e presenciais, estude muito e faça contatos. Esta é outra grande vantagem da internet: acesso à informação e à pessoas. De forma rápida e na maioria das vezes de graça, você consegue identificar seus principais concorrentes, o número de consumidores, de clientes em potencial, o quanto eles estão dispostos a pagar e o mais importante: em que eles estão insatisfeitos com os atuais fornecedores. Um bom ponto de partida é o relatório WebShoppers, um verdadeiro raio-x do comércio eletrônico brasileiro, produzido desde 2000 pela empresa E-bit em parceria com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. A E-bit pertence ao Buscapé Company e o relatório pode ser acessado gratuitamente em www.ebit.com.br/webshoppers

Após da pesquisa de mercado, é hora de escolher a plataforma em que você vai trabalhar, isso depende muito do seu tipo de negócio, mas podemos definir duas grandes áreas: web (site, portal ou loja virtual) e mobile (aplicativos para smartphones). Claro que sua empresa pode atuar nas duas, mas lembre-se de que você está começando, sua Startup ainda é pequena e precisa racionalizar os recursos financeiros. Decidida a plataforma, é hora de escolher o seu fornecedor de tecnologia, recomendo que um dos sócios seja um profissional de Tecnologia da Informação (TI). Além de economizar no investimento inicial com mão-de-obra, ele irá minimizar substancialmente os riscos no momento em que vocês precisarem contratar equipes técnicas maiores e escolher os provedores de soluções de TI para atender o crescimento da empresa. 

Feita a “tarefa de casa”, é hora de lançar-se ao mercado, criar o primeiro protótipo do seu site ou aplicativo e sentir o feedback dos seus futuros clientes. Neste ponto muitos empreendedores pecam em querer lançar a primeira versão “perfeita”, da forma como foi concebida em sua cabeça. Em internet não existe nada perfeito, parceiro! Nem na vida. 80% no ar hoje valem muito mais do que 100% amanhã. Lance o protótipo, ouça com bastante atenção a reação das pessoas, melhore a versão seguinte e lance novamente. O segredo aqui é velocidade, o menor tempo possível entre ouvir as sugestões daqueles clientes, implementá-las e publicá-las, isso fideliza o consumidor, ele se sente ouvido por você. 

Até aqui nós passamos pelas fases de Concepção, Maturação, Criação e Publicação da sua Startup como se você estivesse sozinho em todas elas, o que traz bastante aprendizado mas com muito esforço. Nos últimos anos, o mercado de fomento ao empreendedorismo digital está muito aquecido, temos incubadoras, aceleradoras, investidores-anjo e fundos de capital de risco que além de oferecer recursos físicos e financeiros para viabilizar a sua ideia, oferecem experiência em gestão de negócios, ajudando você a trilhar o caminho certo, gerando receitas e lucros no menor tempo possível, dando retorno ao aporte inicial realizado. 

A melhor forma de acesso a estes investidores são os eventos de empreendorismo digital e as competições de Startups, chamadas de “Elevator Pitch”, algo como “Discurso de elevador”, numa tradução livre. Significa que você terá de 30 segundos a 2 minutos (o tempo médio de deslocamento de um elevador, daí o nome) para chamar a atenção de um possível investidor e daí iniciar uma negociação que gere um aporte para o seu negócio. Para isso, você terá que desenvolver algumas habilidades essenciais: domínio sobre todos os pontos chave da sua Startup, objetividade, capacidade de concisão e oratória. Você deve ser capaz de prender o espectador investidor, demonstrar sua ideia de uma forma geral mas não genérica demais e ao mesmo tempo deixá-lo curioso em querer saber mais do seu negócio. Boa Sorte! 

Referências:
  1. www.institutodelta.com: Fundado em março de 2011 com o apoio do SEBRAE Piauí, o Instituto Delta é uma associação sem fins lucrativos formada por docentes de instituições de ensino superior, discentes de cursos de TI, profissionais e empresários que tem por objetivo é fomentar a indústria de TI no Piauí. Um dos projetos do Instituto Delta concretizados este ano foi a publicação da primeira revista de tecnologia do Piauí: a Revista Upload (www.revistaupload.com.br), contendo cases locais e nacionais de sucesso no empreendedorismo digital. 

  2. www.startupi.com.br: Principal portal brasileiro dedicado ao mercado de Startups. Publicam matérias sobre lançamentos, notícias, investimentos, eventos, competições; 

  3. www.abstartups.com.br: A Associação Brasileira de Startups (ABS) nasceu com o formato de uma Startup e tem como objetivo de organizar e fomentar o empreendedorismo digital; 

  4. www.pitchbox.com.br: Pitchbox é o banco oficial de idéias da ABS, seu objetivo é validar as ideias dos empreendedores antes delas se tornarem um negócio; 

  5. www.startupbase.net: StartupBase é o banco oficial de Startups da ABS, onde você pode divulgar sua empresa, conhecer investidores, mentores, consultores e parceiros; 

  6. www.anjosdobrasil.net: É uma entidade de fomento ao investimento-anjo mais conhecidas do Brasil.
O mercado de Startups: as pequenas empresas da internet

Aqui você pode conferir as edições anteriores da revista em formato eletrônico: http://issuu.com/revistablitz

Grande Abraço

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Evernote Market: O serviço que virou produto

Há muitos anos atrás fiz um curso de Gerência de Marketing no SENAC e um dos ensinamentos que mais me marcou foi: "restaurante é um dos ramos de negócio mais difíceis de atuar, pois 50% do esforço é serviço (atendimento) e 50% é produto (comida e bebida), e você tem que ser igualmente bom nos dois para se destacar". Lição aprendida!

Como profissional de internet, hoje vejo como é difícil prestar um serviço de qualidade, ainda mais em um mercado onde a concorrência está "a um click" (claro que não perderia a chance de usar esse chavão clássico), com promessas milagrosas e preços incríveis, tudo para roubar aquele cliente inocente, que ainda acredita que algo pode ser bom, barato e rápido.

Eis que nesta quinta-feira (26/09), me deparo com o vídeo no final deste post, da empresa Evernote anunciando o seu Market: "Products to keep you productive, creative, and constantly improving" (Produtos para mantê-lo produtivo, criativo e em constante aperfeiçoamento).

Para quem ainda não conhece o Evernote, é uma ferramenta que simplesmente organiza toda a sua vida: notas, fotos, documentos, tarefas, reuniões etc. Você captura desde sites favoritos, artigos, notícias, e-mails, anotações em papel, em áudio e cartões de visita até documentos digitalizados, todos organizados em cadernos e tags (etiquetas) para facilitar o problema universal de todos nós, mortais colecionadores de papel: achar aquela informação depois de alguns dias, meses e anos.

O grande diferencial do Evernote é sua simplicidade de uso e sua onipresença, além da versão web, o programa existe em Mac, Windows, em extensões para todos os navegadores mais utilizados (Chrome, Firefox, Safari, Opera e Internet Explorer) e, claro, em formato de aplicativo para smartphones e tablets (Android, iPad, iPhone, iPod, Windows Phone, Blackberry e WebOS). A empresa, sediada na Califórnia e com mais 8 escritórios em 7 países, criou todo um ecossistema em torno da ferramenta, mantendo todos os apps constantemente atualizados e seguindo a mesa filosofia "Remember Everything" (Lembre-se de tudo).

Eis que insatisfeitos em terem atingido a excelência no mundo dos serviços on-line, o lançamento do Evernote Market hoje traz toda esse mantra de produtividade, criatividade e aperfeiçoamento contínuo para produtos do "mundo real", ou seja, o serviço virou produto. Em parceria com empresas renomadas da Itália, Japão, Estados Unidos e França, eles criaram cadernos, pastas, mochilas, carteiras, canetas stylus, scanners portáteis e até meias. Todos com o design, a qualidade e a sofisticação da marca, cujo símbolo é um elefante e já possui mais de 65 milhões de usuários em cinco anos de atividades (a empresa foi fundada em 2008 por Phil Libin, que continua a frente da companhia).

Como um dos 1,7 milhão de usuários brasileiros do Evernote e cliente muito satisfeito desde 2009, irei certamente comprar alguns desses produtos. O vídeo abaixo está em inglês, mas logo eles devem colocar a nossa versão no canal oficial em português. Espero que vocês gostem também: